Em Cancún, em evento paralelo à 13ª Reunião da Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Biodiversidade — também conhecida como COP13 —, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apresentou nesta semana (6) um conjunto de diretrizes para que países da América Latina e Caribe consigam reduzir os danos ambientais provocados pela produção agrícola.
Atualmente, 37% da superfície da região é utilizada para atividades agropecuárias. Embora concentrem, somados, quase 30% das chuvas e gerem 33% de toda a lixiviação do planeta, os territórios latino-americanos e caribenhos têm sofrido as consequências de uma exploração acelerada de minerais, gás, florestas e campos, explica a FAO. Juntos, esses países respondem por 14% da degradação global dos solos.
A agência da ONU informa ainda que, mesmo com a diminuição do desmatamento nas últimas décadas, a região ainda tem a segunda taxa mais alta do mundo — a cada ano, mais de 2 milhões de hectares de florestas são perdidas.
Nas últimas três décadas, a extração de água vem se expandindo na América Latina e Caribe num ritmo muito superior à media mundial, e a maior parte desses recursos hídricos tem sido utilizada na agricultura.
Fonte: ONU Brasil